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sábado, 3 de setembro de 2011

A INVASÃO DE SANTEREZ - PARTE 2/3


Por outro lado, conhecia uma meia dúzia de funcionários da polícia urbana que costumavam ir até lá e farrear com os guardas florestais. Ela mesma andara saindo às escondidas com um deles pouco depois de conhecer seu marido, mas antes de apaixonar-se por ele. Mesmo assim se arrependia deveras por nunca ter se embrenhado na mata com o federal bonitão. Agora, casada e com um filho pra nascer, esforçava-se para esquecer as brincadeiras do passado e, mesmo amando o companheiro, não reclamar pelas coisas que deixou de experimentar
O telefone de emergências tocou novamente
Ela dirigiu-se lentamente para o aparelho em cima de sua mesa esperando que ele parasse de tocar. Mandar viaturas para averiguar denúncias falsas de marginais tentando invadir residências de garotos dentuços era tudo o que ela não precisava em sua última noite de trabalho antes da licença a maternidade
Irritada, ela sacou o fone do gancho. “Delegacia de poli...” Tentou dizer, mas uma voz alta e distorcida a interrompeu
“Aqui é do pos... Estamos... de aj... Aqui!”
Marian não conseguiu entender do que se tratava
“Delegacia de polícia de Santerez. Posso ajuda-lo?
Mesmo sabendo que devia ser um trote, a agente tinha o dever de tentar obter o máximo de informações sobre toda e qualquer ligação; sobretudo no meio da madrugada
Os ruídos no outro lado da linha silenciaram de repente. Depois a voz tornou a gritar
“Ajuda!”
Era uma voz masculina; adulta. E Marian não pensou mais que se tratasse de um trote.
“enviaremos ajuda senhor. O que está havendo? Pode falar mais? Se não puder, desligue e ligue novamente pra eu saber que está me ouvindo. Pode fazer isso?”
Por alguns segundos, não houve qualquer sinal de que o outro lado houvesse entendido o que Marian dissera. Depois, no entanto, uma voz soou de novo. Era apenas um sussurro, mas trouxe com ela a impressão de que algo muito errado estava realmente em andamento.
“Marian? É você?”
“Policial Marian falando. Positivo. Quem é?”
Novamente os ruídos tomaram conta da ligação. A agente olhou pela janela e viu que o vento uivante de outrora dera então vez a uma chuva torrencial.
“...uma coisa horrível... aqui...” falaram do outro lado. “Ajuda, ajuda, Ibanez, Ibanez!”
Marian sentou-se em sua poltrona. A voz do outro lado da linha era de Camilo Ibanez, o guarda florestal com quem traíra seu marido. Sentiu um impulso de desligar, mas, por outro lado, a voz do homem parecia tão desesperada que algo realmente grave poderia estar acontecendo

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