Porto alegre, mais um dia iniciando com um belíssimo sol, um dia bem agitado para uma segunda feira, Filipe e Mariana acordavam cedo para trabalhar, apesar de ficarem em um escritório a rotina que levavam era bem esgotante, talvez não fisicamente, mas psicologicamente, tantos cálculos, tantos papéis para digitar e enviar, tantas ligações a fazer, isso desgasta a pessoa, mas isso não tirava o sorriso estampado deles, pois se gostavam, trabalhavam juntos e isso era o bastante, fazia anos que se casaram, eram jovens e já tinham construído uma grande história juntos, já estavam até mesmo pensando em filhos, todos os apoiavam por que são boas pessoas, o que parecia somente mais um dia normal de trabalho trouxe junto de si, uma maravilhosa notícia, o gerente pede que chamem Filipe em sua sala, e ele vai até lá ver do que se trata.
Chefe: Bom dia Filipe, sente-se por gentileza
Filipe: bom dia, mas do que se trata?
Chefe: Bom na verdade, pelo que me lembro na época que tu e a Mariana se casaram, bem na lua de mel, o serviço os atrapalhou, os fazendo voltar na metade não é? Disse o chefe sorrindo.
Filipe: bem na verdade foi isso sim, m..mas o que o senhor tem para me dizer?
Chefe: eu quero retribuir o sacrifício que fizeram por mim, e quero dar-lhes uma semana de férias, para uma segunda lua de mel o que acha?
Filipe: Seria perfeito! a Mariana vai adorar a notícia!
Chefe: então vai lá! E bom descanço! Disse ele sorrindo.
O Filipe saiu correndo na direção do escritório de Mariana, ele queria logo lhe dar a notícia, mas ela estava atendendo um cliente, ele esperava ansioso do lado de fora da sala, Mariana ao ver a cara de Filipe de dentro da sala esperava que ele lhe dissesse que havia sido demitido, pois ele estava pálido, ela deu um jeito de despachar logo o cliente e deixou ele entrar, quando lhe contou a novidade a alegria foi imensa, os dois se abraçam e começam a planejar o local para onde iriam.
Filipe e Mariana decidiram ir para a Itália, eles adoravam aquele lugar e foi onde foram da primeira vez, e assim fizeram, a viajem foi tranquila, eles aproveitaram para se aproximar mais e curtir o máximo dessa viajem, seria muito bom esse descanso, ficaram em um hotel muito bonito e enorme, tinha de tudo lá, passaram uma semana a base de diversão e noites longas, os dois passavam o tempo todo com sorrido largo, se sentiam tão bem, infelizmente a semana acabava e teriam de voltar a rotina, mas não desanimaram, ainda tinham um ao outro, voltaram de avião até porto alegre e pegaram o carro no estacionamento, este dia estava frio e chovia demais, muito diferente do clima que estava na Itália, mas eles teriam de voltar ao escritório mesmo com a chuva, eles seguiam escutando musica e comentando os momentos que tiveram na viajem, os dois se olham e trocam um beijo, quando Filipe olha novamente para frente há um caminhão vindo na direção do carro na contramão, só houve tempo para jogar o carro para fora da pista o fazendo capotar, o carro estava em um estado lastimável, enquanto o caminhão seguiu arrastando muitos outros carros, algumas pessoas pararam para ajudar e ligavam para a ambulância, a vida deles estava em jogo. Filipe e Mariana decidiram ir para a Itália, eles adoravam aquele lugar e foi onde foram da primeira vez, e assim fizeram, a viajem foi tranquila, eles aproveitaram para se aproximar mais e curtir o máximo dessa viajem, seria muito bom esse descanso, ficaram em um hotel muito bonito e enorme, tinha de tudo lá, passaram uma semana a base de diversão e noites longas, os dois passavam o tempo todo com sorrido largo, se sentiam tão bem, infelizmente a semana acabava e teriam de voltar a rotina, mas não desanimaram, ainda tinham um ao outro, voltaram de avião até porto alegre e pegaram o carro no estacionamento, este dia estava frio e chovia demais, muito diferente do clima que estava na Itália, mas eles teriam de voltar ao escritório mesmo com a chuva, eles seguiam escutando musica e comentando os momentos que tiveram na viajem, os dois se olham e trocam um beijo, quando Filipe olha novamente para frente há um caminhão vindo na direção do carro na contramão, só houve tempo para jogar o carro para fora da pista o fazendo capotar, o carro estava em um estado lastimável, enquanto o caminhão seguiu arrastando muitos outros carros, algumas pessoas pararam para ajudar e ligavam para a ambulância, a vida deles estava em jogo.
Filipe se acorda em uma cama de hospital, havia aparelhos ligados nele, estava tudo muito silencioso, uma paz perturbadora o cercava, ele tira de cima de si o lençol branco que o cobria, arranca os tubos ligados aos seus pulsos e sai da cama, estava fraco, seu corpo todo doía e estava com o braço engessado, "o que aconteceu? ah! o acidente! mas onde está a Mariana preciso dela!" disse Filipe aos gritos, uma enfermeira entra na sala com cara de assustada, "ah o senhor acordou, fique na cama por favor", "cade a Mariana?", "Mariana?" disse a enfermeira com cara de confusa, Filipe já com lágrimas nos olhos sai da sala, a enfermeira tenta impedir a saída dele mas ele a empurra contra a porta, "eu tenho de acha-la!", um médico que passava o para, "onde está indo rapazinho?!", "onde está a Mariana?!", "bom vamos conversar, sente-se aqui por gentileza", eles se sentam em alguns bancos da sala de espera, "bom rapaz, o acidente que vocês tiveram foi bem grave, quando tu jogou o carro para fora da pista tu conseguiu se salvar do impacto do caminhão, mas, infelizmente não houve tempo para... para que... o lado em que a Mariana estava sair da frente, e o caminhão atingiu direto na parte que ela estava", Filipe diz, "então...", "sim meu caro, ela infelizmente não resistiu, eu sinto muito", ele não aceitou a verdade e queria que isso não tivesse acontecido, passando ao lado estava o caminhoneiro, ele reconhece Filipe e diz, "nossa rapaz, eu tive uma grande noite aquela vez, infelizmente estraguei a sua" e da um sorriso malicioso, Filipe baixa a cabeça, quando o homem passa por ele, ele salta e o derruba, da alguns socos em sua cara o fazendo sangrar, alguns médicos retiram Filipe de cima dele mas ele continuava o chutando, "Canalha! maldito vai pagar pelo que fez a Mariana!", eles retiram ele dali deixando em uma sala, depois mais calmo foi liberado para casa, ele não sabia como mas sabia que teria de traze-la de volta, e ele faria isso de qualquer maneira.
Ele abandonou tudo, estava obcecado em trazer sua amada de volta a seus braços, ele pesquisou muito e viu suas ultimas esperanças em um ritual não muito agradável, mas que se fosse real ele não pensaria duas vezes em faze-lo, ele então resolve procurar um bruxo, iria usar magia negra para ver novamente sua garota que tanto cuidou, e que lhe foi tirada por um homem que dormiu no volante, o que mais o deixava com ódio foi saber que após mata-la ele foi liberado da cadeia, pagou fiança e foi embora, mas isso ele resolveria, o foco agora é trazer sua amada de volta, ele foi até o local marcado com o bruxo.
Filipe: o..olá!
Bruxo: olá meu caro
Filipe: bom há mesmo um jeito de traze-la de volta?!
Bruxo: calma meu amigo, há um meio sim mas há consequencias!
Filipe: eu não me importo com consequências desde que a tenha de volta!
Bruxo: ha ha então quer pular a parte teórica e partir para o ritual é isso?!
Filipe: Sim!
Eles vão até uma pequena tenda, lá tinha muitos instrumentos estranhos, e alguns frascos, o bruxo disse ao Filipe que para trazer a Mariana de volta primeiro teria que conseguir sangue de alguém de que ela teria raiva, ou algum rancor, Filipe disse que sabia a pessoa certa para isso, o bruxo disse que após consegui-lo eles terminariam o ritual, e ele se foi embora.
Filipe era uma pessoa fluente, tinha amizades com varias pessoas e não foi dificil conseguir o endereço do caminhoneiro, ele sabia o que tinha que fazer, e sabia quem que teria de pagar, ele vai até a casa do homem com uma mochila cheia de utensílios para tortura, seus olhos esboçavam uma expressão de ódio e com um sorriso sádico ele bateu na porta, na mão já trazia um martelo, quando a porta se abriu ele não pensou duas vezes e partiu para cima, era uma moça de aparentemente 25 anos, ele acertou uma martelada na testa dela a fazenda soltar um grito de pânico, ela cai no em cima do tapete marrom, que agora estava mais para vermelho, ela estava com um buraco na testa e cuspia sangue, ao ouvir isso o caminhoneiro pegou uma faca e correu para a porta, ao ver a mulher ali entrou em pânico, "quem é tu? por que fez isso?", "tu me tirou algo precioso, agora tomarei de ti também!", na mesma hora o caminhoneiro sabia do que se tratava, ele parte para cima de Filipe com a faca mas ele era habilidoso, consegue se esquivar e acertar a perna do homem, o fazendo cair gemendo de dor, ele percebe que o filho dele assistia tudo assustado no lado da porta, devia ter uns 10 anos de idade, ele queria promover o maior sofrimento possível ao homem antes de terminar com sua vida, ele amarrou o caminhoneiro na beirada da escada o amordaçou e o fez assistir uma cena de horror, ele pegou a criança e botou frente a frente com o homem que já se derrubava em lágrimas, ele com uma faca cortava o guri o fazendo sangrar demais, o homem se batia mas nada conseguia fazer, e lentamente Filipe mata a criança, havia se tornado uma pessoa fria e sem limites desde a morte de Mariana, isso não era nada para ele, ainda mais se isso iria trazer sua amada de volta, após ceifar a vida da criança ele se virou ao homem que já agonizava mesmo antes de ser realmente ferido, após ver sua esposa e filho serem brutalmente assassinados ele estava em estado de choque, Filipe se aproxima dele lentamente e parando em frente ao seu rosto diz, "está bom assim o show amigo? está sentindo o que eu senti? e sabe por que fiz isso? por que tive uma noite maravilhosa ontem, me desculpe", ele solta um sorriso malicioso e abre a garganta do homem com uma faca, fazendo o chão da sala se tornar um rio de sangue, ele rapidamente saca um frasco e retira uma boa quantidade de sangue, o trabalho estava feito e em breve teria sua Mariana de volta.
Ele vai para a casa do bruxo para que o ritual seja feito, em breve teria a Mariana novamente, o bruxo pergunta se ele realmente quer isso, “eu matei um homem e sua família para isso, e tu ainda me pergunta?!” disse ele bravo, “ok ok” disse o bruxo com uma expressão de surpresa, eles seguem até uma tenda, lá havia alguns símbolos desenhados e algumas velas, ele diz que está tudo preparado e só aguardava ele chegar com o sangue, ele derrama um pouco em um pote e pede que o Filipe faça um pequeno corte em sua mão e derrame no mesmo pote, após isso o bruxo pronuncia algumas palavras estranhas e o tom do liquido do pote muda para um tom esverdeado, “pronto!” disse o bruxo com um sorriso sádico, “só isso?” disse Filipe, “Sim, já tem sua amada de volta, aproveite!”, Filipe segue para casa se sentindo mau, mas nada demais, ele toma banho e se deita, fica pensando no que fez, quando estava cuchilando escuta uma voz doce o chamando, ele reconhece a voz, era de Mariana, ela sempre o acordava assim, ele logo fica de pé e vê uma sombra no canto do quarto, “Ma..Mariana?”, “Sim meu amor sou eu, voltei para ti!”, “ouviu meu chamado amor?”, “ouvi! Me sinto feliz em ti ter novamente meu amor!”, “eu também Mari, vamos dormir?!”, “Vamos” disse ela, os dois se deitam sobre a cama mas no lado que Mariana estava deitada não havia nenhum peso sobre a colcha, era como se ninguém estivesse ali, mas Filipe estava feliz mesmo assim, de manhã ele acorda com ela ao seu lado, ela estava o olhando, parece que ela não havia dormido, “bom dia amor!”, diz o Filipe, “bom dia querido”, bom vou me arrumar e trabalhar, nos vemos a tarde”, “NÃO!” gritou Mariana, “tu me queria por perto e agora me tem novamente, agora não irá se separar de mim!”, “mas eu tenho de trabalhar minha linda!”, Mariana estava com um olhar estranho, seu rosto estava com um tom sinistro, e ela ficava com uma espécie de aura negra em volta de sí, “ok amor, vou ligar e dizer que não me sinto bem, assim poderemos ficar juntos!”, ela se acalmou, e estava feliz, eles passaram o dia inteiro conversando dentro do apartamento, ela contava como era “do outro lado”, chegada a noite Filipe dormiu, no outro dia a mesma cena, Filipe se preparava para trabalhar mas ela não queria, ele insiste e sai assim mesmo, quando ele volta a noite Mariana estava jogada a cama, seus olhos sangravam e ela chorava muito, “como pode me abandonar? Eu voltei pelo seu pedido e tu me abandona!”, ela chorava muito, objetos pequenos começavam a tremer em todo quarto, “calma meu amor!, eu nunca ti abandonaria! Pelo contrário, só que eu preciso sustentar está casa!”, “não me importa! Tu me queria por perto, eu ouvia tu dizer a noite que o que mais queria era ficar a todo momento comigo, e quando pode me deixa!”, “Sim meu amor mas tu entendeu errado, eu tenho necessidades!”, eu estava bem lá do outro lado, também tenho necessidades, mas larguei tudo para voltar para ti!”, “ok amor irei fazer o que tu me pede!”, Filipe largou seu emprego e em poucas semanas tudo mudou, sua aparência estava horrível, ele já havia vendido muitas coisas para poder pagar as contas atrasadas, sem emprego e sem ter como sair de dentro de casa ele começava a enlouquecer, Mariana não deixava ele sair de perto nem um estante, até mesmo da televisão ela tinha ciúmes, era uma coisa exagerada, e quando ela ficava com raiva coisas começavam a voar contra as paredes, e luzes a piscar, algumas vezes alguns vizinhos vinham ver se estava tudo bem, mas ele sempre dizia que sim e os mandava em bora, ele chegou ao ponto de não ter mais nada em casa, estava no fundo do poço, “agora somos só nos dois amor!” diz Mariana com um sorriso para o Filipe, “bem mas estamos falidos, e não temos mais nem onde morar, ameaçaram-me já duas vezes de despejo!”, “mas ainda teremos um ao outro!”, mais uma semana se passa e Filipe foi despejado, obrigado a vagar pelas frias ruas de Porto Alegre, ele vagava, e junto de si sua fiel esposa, ele já não suportava isso, queria que terminasse logo, ela dizia a ele para ele fazer uma escolha, ou a libertar! Ou seguir com ela para o outro lado, Filipe não sabia o que escolher, viver sua vida normal mas sem Mariana parecia algo tão doloroso, ele acabaria morrendo de desgosto, mas enquanto ele estava vivendo com ela novamente sua vida só estava piorando, e abrir mão de tudo e partir com ela para o desconhecido também não parecia uma opção muito agradável, foi assim por uma longa semana, essa decisão teria de ser tomada de qualquer maneira, o ex chefe de Filipe diz que tinha uma proposta para ele voltar, e que se ele quisesse deveria dar a resposta até amanha, então a decisão tem de ser tomada agora!, Filipe estava sentado em uma passarela, a beira de uma rodovia, e ao seu lado escorada estava Mariana, os dois olhavam o horizonte daquele fria noite, na grama havia pequenos flocos de gelo que se formavam com a baixa temperatura, o céu estava tão estrelado, Mariana pois sua mão sobre a mão de Filipe, “então, já decidiu?!” disse ela com uma voz doce, “acho que sim meu amor”, “viver uma vida longa mas de mentiras não é algo que eu goste, ainda mais se não tiver tu do meu lado para me dar conforto minha querida esposa, então se for para seguir sem ti, sei que não vou conseguir, então que traçamos nossos caminhos novamente e coloquemos novas ambições, não sei como será do outro lado, mas só de estar contigo já sei que estará perfeito!”, Mariana chorava, e em seu rosto sorridente escorria uma lágrima de felicidade, as luzes dos postes que iluminavam a sombria estrada começavam a piscar, alguns que passavam estranhavam o Filipe falando sozinho, alguns riam, outros olhando de canto de olho, até que ele se levanta e sai andando em direção ao final da passarela, Mariana o olhava com um olhar doce, Filipe mostrava uma expressão confiante e determinada, ele sai correndo em direção do centro da passarela, e enquanto tomava velocidade, algumas pessoas corriam em direção a ele, mas antes que alguém pudesse o tocar ele saltou para a faixa, a ultima coisa que ele viu foi os fortes faróis de um caminhão que passava, a buzina ecoava em seu ouvido, depois disso ele estava em um local escuro, estava com frio, muito frio, o local era úmido, alguém o chamava, era Mariana!, ela o toca no rosto, “agora estamos juntos meu amor”, ela o beija, ao longe se via uma luz, ela o ajuda a levantar, e com dificuldade ele andava na direção da luz, “é lá que devemos ir amor”, disse Mariana, quando eles passavam pela luz um local ia se formando, era um parque, parecia o da cidade, mas com um gramado imenso, o local estava ensolarado e uma infinidade de flores tomava o lugar, lá havia muitos casais, e muitas famílias também, “é aqui que viveremos a partir de agora Filipe”, os dois se olham, eles liberam um leve sorriso, e de mãos dadas caminhavam juntos pela eternidade.
Fim.