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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Pelotão Bravo.


1940, segunda guerra mundial e um pelotão das unidades do batalhão do Brasil seria mandado para uma missão de reconhecimento em terreno inimigo, eles deveriam aterrissar e explorar o local enviando as informações conseguidas para seu comandante, o pelotão era composto de 16 homens, o Tenente Bravel, os sargentos Dicks, Jhon e Mario, 3 cabos sendo eles Nuler, Bandeira e Gonçalves, completando mais 9 soldados, Andrade, Silva, Souza, Pereira, Alvez, Manoel, Nunes, Jordan e Maique. Todos embarcavam no grande Hercules que os levaria até uma parte do local a ser reconhecido, a viajem foi tranqüila e sem sinais de tropas inimigas, eles teriam de explorar terras alemãs, o pelotão se sentia em uma missão suicida mas em época de guerra só se pode seguir ordens de seus superiores, eles foram nomeados de Pelotão Bravo, e em algumas horas estariam pisando em solo alemão.
O Pelotão teria de saltar de para quedas em meio a uma floresta e depois seguir alguns quilômetros de marcha para seu objetivo, o tenente pede para que a todo instante confiram o mapa e a bussola para saberem se estão na direção certa, eles andam por uma mata densa e ao longe avistam um grupo de alemães que patrulhava um pequeno acampamento, eles teriam de passar despercebidos por eles ou a missão estaria em risco, o tenente Bravel da a ordem de municiarem os armamentos e em silencio o grupo rasteja próximo ao grupo de alemães, analisando a situação, Bravel percebe que este é um grupo isolado e que se efetuassem disparos provavelmente não chamariam atenção de demais soldados.
-Bravel: bandeira, pegue sua esquadra e avance pelo flanco esquerdo, Gonçalves vá com sua esquadra pelo flanco direito, e nós seguiremos pelo meio para que não tenha reação deles.
Bandeira e Gonçalves: Sim senhor!
Eles fazem a emboscada com sucesso, cercam o pequeno grupamento alemão e com poucos disparos eles conseguem matar a todos que ali estavam, ao entrar no local percebe que eles continham alguns mantimentos e também tinham alguns soldados alemães feridos, o que levava a deduzir que isto seria um refúgio para feridos em combate, porém pela região que estavam não parecia ser um ponto estratégico de ataque. Então quem teria ferido os soldados alemães?
O Pelotão decide passar a noite ali mesmo, já que era de madrugada, mas eles tiveram de revezar o serviço de guarda, já que alguém poderia voltar, a noite foi tranqüila e a amanhecer eles começam a receber umas mensagens pelo radio, algo como uma voz pedindo ajuda, e depois alguns chiados, não sabiam se havia alguma coisa bloqueando o sinal, mas a mensagem estava muito distorcida, eles ignoram e decidem seguir marcha, eles informam o comandante sobre o local e seguem, passando novamente por uma parte de mata densa eles chegam até um grande campo, parecia uma enorme plantação. Seguindo por meio das altas folhas eles se moveram lentamente para não chamar atenção, um estalo vindo da frente foi escutado, o soldado faz sinal de congelar para a patrulha, algo estava errado, ele anda alguns passos em frente e percebe que há uma grande fazenda ali, mas que estava ocupada por alemães, o soldado volta e informa o que viu ao tenente e diz que acha estranho soldados tomarem uma fazenda em época de guerra, o grupamento decide investigar, mas para isso mais sangue deveria ser derramado.
Todos ficam em linha dentro da plantação de milho, eles estavam prontos para matar todos os alemães que ali estavam, com o sinal do tenente a manobra seria executada, todos foram correndo na direção da fazenda e atirando, neste movimento eles mataram todos que estavam na frente da fazenda, o que não esperavam é que o local simples assim estivesse tão bem protegido, algum atirador os espreitava, dois disparos! E Souza e Pereira caíram, o tenente vendo que a situação piorou ordenou que se abrigassem até acharem o atirador, eles correram para dentro da casa buscando abrigo, o que não esperavam é que alguém os esperava lá, ou melhor, algo! Quando o cabo Bandeira entrou ele sentiu um puxão em seu pé, e antes que pensasse em algo a grande casa foi explodida, arremessando todos para longe, o tenente viu que poucos conseguiam se mexer, o que parecia que muitos morreram, os soldados Maique e Andrade estavam rastejando para o canto do que restou da casa, o tenente também, ouve-se um disparo! Andrade foi atingido nas costas que apesar da explosão o atirador ainda estava lá, mas o que o tenente não entendeu foi por que explodiriam um local que estava sendo protegido? O tenente e o soldado conseguiram entrar nos restos da casa se abrigando do atirador sedento por suas mortes, eles viram que tinha uma passagem no chão e talvez a casa fosse apenas um disfarce, mas o que haveria lá em baixo?
Agora só restavam o tenente Bravel e o soldado Maique, o azar estava tomando a missão de uma forma inesperada, afinal eles contavam que haveria  baixas nesta missão, mas não o pelotão todo! O tenente vendo que seu fiel soldado tinha condições de seguir o chama e diz, “eu avistei o atirador me cubra que eu vou pega-lo”, o soldado segue as ordens e corre pra fora, quando o atirador liberou um leve sorriso e se ergueu um pouco para ajustar a luneta em seu alvo fácil, um som ecoou em seu esconderijo, que se situava em uma toca de um monte, felizmente o tenente conseguiu acertar o tiro, assim salvando a vida do soldado corajoso, eles decidem entrar no buraco encontrado na casa, eles passam por entre pedaços de corpos mutilados de seus companheiros, que nem mesmo um enterro digno teriam, infelizmente a guerra é assim, eles seguem até a porta do chão e a abrem com facilidade, desceram uma loja estrada e viram que só havia um grande salão, neste salão tinha alguns tubos com algumas espécies de fetos , e também alguns aparelhos estranhos de laboratório, o que indicava que o local era de algum feito de cientistas, eles decidem ficar por ali para descansar, informaram seu comandante e descansaram até o nascer do dia, já tinham explorado bastante e o numero de baixas que tinhas que tinham impossibilitava os dois de seguir.
Os dois se acordam com o barulho do radio, estava dando um som parecido com o que foi produzido da outra vez, apenas uma interferência, e uma voz estranha junto, o tenente decide ir até a torre com o soldado Maique para tentar conseguir um melhor sinal, eles sobem e a chegar lá um som agudo estranho começa a ser produzido no aparelho, eles não entendem eo desligam, ebquanto o tenente ajeitava o aparelho o soldado Maique chama a sua atenção, “senhor! Senhor! Na plantação!” o tenente olha para ver o que de tão espantoso estava lá, e ele percebe uma falha no centro da plantação, como se somente os milhos do meio tivessem sido colhidos, formando assim um enorme circulo, só que os milhos estavam dobrados e não arrancados, “como esses alemães fazem isso?” perguntou o tenente, eles decidem ir até lá ver, poderia ser alguma informação importante, quando eles chegam lá o local onde eles estavam começa a escurecer, somente em volta da plantação estava escuro, sem entender o tenente olha para cima e ele avista uma grande aeronave, muito grande e com a forma da plantação, ele não sabe que tipo de aeronave os alemães haviam criado, mas era bom que conseguissem avisar seus comandantes, quando eles pensaram em correr uma forte luz caiu sobre eles os desarcodando.
-Acorde! Acorde!, o soldado Maique saltou da cama, “onde estou?” perguntou ele, “você esta em casa filho”, disse seu comandante, “onde esta o tenente Bravel?”, ele não voltou disse o coronel de cabeça baixa, somente você voltou... depois disso o soldado Maique teve de ser internado, pois ele começou a falar de criaturas de outro mundo, que viajavam em maquibas circulares, disse que viu o tenente sendo aberto em uma cama, e que quem o estudava eram criaturas parecidas com lagartos, os médicos disseram que estava com trauma após ver que seus amigos morreram em combate a sua frente, e o tenente Bravel nunca mais foi visto, assim encerrando a missão do pelotão Bravo com 15 baixas e um sobrevivente.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Não apague as luzes.


Marcos era uma criança normal, seria se não fosse o pavor que o tomava quando estava em um ambiente escuro, seus pais achavam besteira mas se ele dormisse de luz apagada acordava de madrugada gritando então deixavam ele dormir de luz acesa, porém a família passava por momentos de dificuldade financeira e teriam de reduzir os custos da casa, e um deles seria o gasto de luz, o garoto diz que por nada iria dormir no escuro, que se assim fosse ele iria fugir, os pais então resolvem falar com ele.
-Filho sente-se aqui
-que foi mãe?
-por que tanto medo de escuro filho?
-eu não tenho medo do escuro mãe, eu tenho medo dele..
-dele? dele quem filho?
-ninguém mãe, é do escuro mesmo eu o chamei dele
E o garoto sai,nesta noite os pais decidem fazer o filho enfrentar seus medos dizendo para ele dormir de luz apagada que nada iria lhe acontecer, o garoto pede por favor que não façam isso, mas eles garantem que é para o próprio bem dele, e a noite chega e Marcos está na cama, os pais junto dão boa noite e dizem que tudo ficará bem, amanhã você já não terá mais o que ter medo, eles saem e apagam a luz, Marcos estava encolhido no canto da cama com uma lanterna, "boa noite filho" o rosto dele era de pânico, a mãe estava triste pelo filho ter de passar por isso mas sabia que era pelo bem dele.
Durante a madrugada mais uma vez Marcos acorda aos gritos, ele pedia socorro e chorava muito, a mãe quando saia da cama o pai a pega pelo braço, deixe amor, assim ele está enfrentando seu medo, tudo bem querido só que não aguento ouvir isso, os dois voltam a se deitar, já no quarto de Marcos, ele estava sentado na cama com a lanterna e ouve sussurros no seu quarto, ele aponta a lanterna para a porta e não vê nada, ele começa a tremer, há alguém a mais neste quarto ele pensa, algo pinga em sua cabeça, ele levanta a lanterna para o teto e quando o faz sente um aperto em seu peito! uma criatura parecida com uma garota estava lá em cima, presa na parede, ela tinha o corpo desfigurado e sua boca era larga com os caninos avantajados, ela o encarava como um serpente que prepara o bote, ele corre pro lado da porta gritando, a criatura pula na cama dele e desce ao chão, ela andava de quatro como se fosse um cachorro machucado, pois se contorcia toda enquanto se movia, a cada passo ela produzia um som parecido com o ranger de uma porta velha, cada passo que ela dava Marcos se apavorada ainda mais, ele implorava por socorro, ele sai do quarto e corre para a cozinha, a criatura agora havia sumido, ele se sente um pouco mais aliviado e também encorajado pois enfrento seu maior medo, "Filho?" era a sua mãe, ele corre no escuro em direção da mãe dele e quando se aproxima a abraça.
-Mãe foi tão horrível eu vi um monstro no meu quarto e ele tentou me pegar, não sabe quanto medo eu tive
A mãe de Marcos apena produziu um "Grrr" e ele achou estranho então colocou a luz da lanterna em seu rosto, ele não acreditava, estava abraçado com a criatura, pavor tomou conta de Marcos, me larga me larga! a criatura o agarrava e começou a morder seus braços, ela morde os pulsos de Marcos fazendo com que grande quantidade de sangue se espalhasse pelo chão da cozinha, ele cai e a criatura por cima, estavam com os rostos colados e o bafo que vinha da boca da criatura misturado com o cheiro forte de seu próprio sangue o deram enjôo, mas isso seria o de menos, agora ele teria de lutar por sua vida, ele tenta tirar a criatura de cima dele mas as forças saiam de seu corpo junto com seu sangue puro e tão vermelho que agora pintava o chão branco da casa, a criatura sai de cima dele com uma expressão de fome saciada e Marcos via ela subindo a parede e desaparecendo na escuridão, estas foram as ultimas coisas que ele iria ver já que morreu ali mesmo de perca excessiva de sangue, de manhã os pais de Marcos encontraram seu corpo na cozinha, o choque foi grande demais, por que seu filho cometeria suicídio? apenas por medo de escuro? não acreditavam no que aconteceu ali, e o pior, o sentimento de culpa os tomavam pois foram eles que insistiram que as luzes foram apagadas, nas paredes perceberam marcas de arranhões, mas em uma altura que Marcos não poderia chegar, mas com tamanho pavor que os tomava de ver seu pequeno filho morto no chão isso não era de importância, ele foi enterrado e a polícia julgou como suicídio, poucos meses a mãe de Marcos morreu de desgosto pois foi ela quem não quis atender os pedidos de socorro do filho, e depois da mãe dele foi seu pai quem decidiu ir junto de sua família, como? com um tiro de pistola em sua cabeça o fazendo se livrar da culpa que tomou seu coração o fazendo desistir da vida, agora todos estavam novamente na escuridão, porém essa escuridão era o fundo da terra dentro de um cemitério. [FIM]